Encontro ao amanhecer:

E madrugada

Não consigo dormir

O sono não vem, estou só.

O silencio me incomoda

Pela janela eu olho a rua

Lá não se vê ninguém

Às vezes um vulto solitário

Quase despercebido surge

Mas logo desaparece.

A noite vai avançando.

Minha solidão aumentando

O telefone toca, me assusto.

Quem será a esta hora.

Pego o telefone e penso

Será que estou sonhando

Não, tem alguém no outro lado.

Querendo falar comigo.

Pede desculpas e me diz

Que apenas quer conversar

Por isso discou um numero,

Ao acaso, o acaso fui eu.

Sem problema lhe respondi

Foi bom ouvir sua voz

Pois também estou sozinho

Diz o que vamos fazer agora

Conversar, ou nos encontrarmos.

Em algum lugar da cidade

Sei que vais dizer que e tarde

Mas nunca e tarde de mais

Para duas pessoas se conhecer

Topas, um encontro ao amanhecer.

Volnei Rijo Braga

Pelotas: 15/06/06