Sou eu!
Sou eu que te espero
Nas noite serenas e frias
Onde as corujas cantam
Onde a lua quieta pela janela espia
Sou eu que te espero
Quando o orvalho cobre as campinas
Onde o silêncio da noite faz eco na casa vazia
Onde o horizonte começa e termina
Sou eu que te espero
Nas horas alegres ou doloridas
Onde teu sorriso desabrocha na chegada
Onde a lágrima nasce na despedida
Sou eu que te espero
nas manhãs quentes de verão no perfume da primavera
Onde o outono arranca pétalas e folhas
Onde o inverno corta e dilacera
Sou eu quem te espera
junto ao sol nascente
onde a cascata se faz de vertente
Onde o rio corre lentamente
Sou eu que te espero
Na ventania varrendo tudo pela frente
Onde minha voz se faz presente
onde teu nome se espalha num grito reticente
Sou noite sou orvalho,
sou o dia chuva e sol
Coisa que faço com tanto esmero
Onde num canto perdida
Sou eu que te espero