Continuo a te amar
Teus olhos vagam
Perdidos e distantes
Na imensidão sombria do mar
Que se esvai na solidão da noite.
Quisera eu poder apagar-te
Deste vazio que insiste em seguir-te
Enquanto as horas morrem no silêncio.
A saudade e o medo
O amor e o ódio
A felicidade e a dor
Um emaranhado de lembranças
Que perturbam meus dias
E que assombram minhas noites.
Quanto mais segundos se acabam
Mais minha mente insiste
Em ferir-me com o que sinto.
Isso me tortura e me machuca
De um jeito que já não sei explicar
Só o que não posso esconder
É que ainda continuo a te amar.