PRESO NESTE AMOR

Rangem por toda a parte e me cercam

Fugir pra onde e por onde, que caminho?

Amordaçam e me imobilizam, elos de ferro

Dessa corrente feita em torrentes

Sentimentos cativos, nesta prisão insolúvel

E de onde se entra, não terá mais saída

Tornam minha razão em núvem solúvel

E desperta meu alvorecer, sem querer a partida

Fazes nesta cela encarcerado, meu céu

Com olhos famintos e lábios encarnados

Fagulhas os desejos fumegantes dos meus sonhos

Abre sorrisos no rosto antes tristonho

Salpicas de temperos alucinógenos meu imaginar

E as imagens que aparecem neste meu pensar

Aceleram o coração, tiram meu ar, ah! doce sensação

Minhas algemas de amor e de imenso tesão