Aurora de pavor

Na madrugada ouço estampidos

De inicio vindos de armas leves, que

Também exterminam, depois das

Mais pesadas que além de matar

Deixa minha alma assustada e ferida,

Pulo da cama e no chão me deito

Ao longe vejo traçantes iluminando

No céu passar, não são astros nem

Estrelas são balas indo para matar.

Vindo de onde, das favelas? Não dá

Para identificar, podem vir do asfalto,

Dos morros ou de qualquer outro lugar.

Uma vez é a Policia combatendo o tráfico

Outras são desavenças entre os próprios

Traficantes sobrepondo o aparato do Estado

Que deveria contra essas organizaões lutar.

Quando amanhece há ou não corpos estendidos,

Mas a sensação é de que uns morreram e outros

Ficaram feridos, é pesarosa caminha, a dor

Incrustada no coração ferido preste a morrer.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 18/08/2009
Reeditado em 19/08/2009
Código do texto: T1760061
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