Desamor

Quando não te doeu acostumar-te sem mim

Lembrei do tanto que amei a ti

Quantas vezes delizando sobre teu corpo,

De mim, da minha essência esqueci?

Sobre ti minhas lágrimas choram dor

Morro-me da ausência do teu amor

Tu morres também, devagarzinho...

Morres no meu coração, onde foi teu ninho.

Recordo dos passeios da minha mão em teus cabelos

Tocando teu corpo em cada recanto

Revelando-me, sem pudor, no teu canto.

Passado recente para eternidade, distante para nossa verdade.

Teu silêncio, navalha que corta minha alma!

Linguagem de sentido profundo

Gestos repletos da ausência de amor,

Fala-me do desamor com frieza e estranha calma.