Quando o amor se vai

Quando o amor se vai

O mundo desaba,

restando apenas a saudade do que se foi.

As canções perdem o ritmo e a melodia,

vivemos eternamente o que dói.

Resta apenas as frustrações,

incessantes ilusões,

que construímos com alicerces fortes ao coração

Perdemos o acento

caindo das nuvens,

ao irremediável chão.

Andamos sem destino nas ruas

E a lua?

Ah a lua! Perde o encanto,

testemunhando o nosso pranto.

Tudo perde o nexo,

deixando-nos sós em nossa nostalgia.

Até que o tempo passe,

e com ele o esquecimento...

A vida perde o colorido,

o arco-íris fica sem graça

o céu antes azul, fica cinzento...

Quando o amor se vai,

leva consigo parte da gente.

E ficamos assim

perdidos na mente.

Até aceitar o fim,

se despir dos lamentos,

reparar os danos

para que novamente estejamos

propensos e livres

para um novo amor chegar

e a vida colorir...

Quando o amor se vai, portas se fecham

mas janelas se abrem

para abrir frestas

o deserto se fazer floresta

como uma rosa aberta

que seu perfume alastra

e sua plenitude nos fascina...

Quando um amor se vai,

é estrada aberta

para outros amores

que a vida nos trás.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 16/08/2009
Código do texto: T1756440
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