Poeira do passado

Escrevi-te na minha solidão

Pra mentir a tristeza

Que não houve paixão, que morreu

O amor.

Trancei-te entre meus dedos

E não vi o cigarro queimar

Junto à fumaça; nossas tralhas

Guardadas na poeira do passado

As toalhas bordadas ainda uso

Uma vez mais roçar no teu corpo

Teu cheiro sujo.

Que abandono no próximo banho

E perfume.

Guardei-te por anos... Hoje os planos

Mudaram

A vitrola não tocou as músicas

Que amaram junto a nós

Permanece no quadro a pintura

Tua

Marcado a texto no branco

Da moldura

O abismo de nossa incerteza

Tua vida boêmia, teus risos estúpidos.

S7

Shauara David
Enviado por Shauara David em 14/08/2009
Código do texto: T1753937
Classificação de conteúdo: seguro