Do pó ao amor
Venho de longe,
do fim, do começo, da origem do pó,
venho no ausente presente
do destino pertinente que não me deixa só.
Venho do sonho sonhado a sós,
do beijo, do toque, do corpo em desejo,
de nada me valho, no tudo sou a voz
nesse mundo de prazer onde o eu dá lugar ao nós.
Venho porque quero, não peço nem espero,
venho no ritmo da vida,
nos passos que cansam o caminho
alimentando o amor que meu corpo cultiva.
Venho porque venho no compasso que faz o tempo,
canto as rimas da minha voz
no caminho lento
das páginas da vida que falam de nós.
07/05/2006