Fogo D’água Ardente
Eu hoje após tangenciar com palavras salivares
Todas tuas curvas e esferas
Descobri que vêm do fogo que ponho na tuas matas ciliares
As águas todas que liberas
Aprendi que não há quaisquer incompatibilidades
Mas muitas afinidades
Entre os elementos e que as tuas umidades que derramas
Acendem mais as minhas chamas
E todos os planos se tornam inevitavelmente nossas camas
Em labaredas d’água ardentes
Encharcadas do fogo líquido que ao pó das peles faz em lamas
Ao lavrarmos-nos as encostas e lançarmos as sementes
Replantando o Amor que se renova, como os trigais resplandecentes...