Um poema de amor

Fiz poemas dos meus ais

De juras e almas ansiadas

Desgostos e sofrimentos mortais

Fiz sem intenções de regresso

Por este ventre fecundo

Intenso, eterno profundo.

Labutei poemas com minha alma triste

No repouso de um escravo vencido

Vencido pelas insônias dos esquecidos

Escrevi quase adormecendo

Rabiscando minha solidão no peito

Pintei deliciosas razões que morava no leito

Chorei tristezas que transbordavam sem fim

Depois construí castelos de sonhos com pedaços de mim

Perdoa-me se te amei demasiadamente

com esta vontade insana