NEM RETORNAR, NEM PROSSEGUIR
Para onde irei?
Para onde irás agora?
De meus sonho os rumos girei
mas eles também estão calados,
estagnados no desejo de ir embora.
Calada estás, imóvel permaneces.
Sequer das preces usas como abrigo
para fugir do castigo
de quem não pecou:
de quem apenas parou
no meio do caminho de nós dois.
E agora, sem mais depois,
para onde iremos, tu e eu,
se já não podemos retornar
nem prosseguir viagem?
Ruiu a ponte que nos deu passagem
não há estradas, não há mais miragens.
O caminho do sonho nos perdeu.