Letras 0747 - Equilíbrios
Ao equilibrar a humildade no beijo,
a verdade aparece de pensamentos profundos,
o arrepio que para o tempo no abraço,
o prazer de ser Deus por alguns segundos.
A alma tem música que balança aos toques,
quando os olhos veem risos avalizam
a lágrima boa que nem sal tem,
molham os caminhos das faces que ruborizam.
Perdoa o sentimento que adorna o corpo,
flor que nascem em campo sem cura,
onde corre sangue que dá febre e suor
e o tesão flui, acima e abaixo da cintura.
Meigo amor que equilibra a dor do mundo,
alma doente fechada no corpo em ebulição,
às vezes chora por uma língua que beija,
estampado nas entrelinhas do sim e do não.
Tenho conchas lacradas de amor novo,
prazeres que provocam espasmo que desalinha,
essências de paixão que agitam e queimam,
um só corpo, uma só alma, impura e sozinha.
13/08/2009