Linhas atormentadas
Nestas linhas atormentadas
Que estiveram mortas surge-me
Esta ilusão impertinente
A fadigar o inconsciente
Em uma noite de linda densidade
O vento estirando espumas incandescentes
Confrontando um mar de ondas
Sem sentidos na alma tua.
As sombras unindo-se complacentes,
Escorrendo planas na inquietação
Dos pecadores lençóis
Cheios de reticências esmeradas,
Espasmos difusos de um depois.
Resta agora uma diluição fluídica
Na pausa carne extasiada
Dourando um passado de temerário amor
De latente só fica a saudade que se iguala
A lança que encrava a lua
Ou uma flor que se faça.