Velho

Vivi, senti, percorri e na estrada

Tropecei, cai, chorei, levantei.

Dei a volta por cima, mas a felicidade

Só depois de algum tempo chegou.

Fui segredo descoberto, disperso

Do meu bem-querer, da vida

Fiz um circo, fui palhaço sem saber

História de amor ao vento eu contei.

Fui peão de boiadeiro, por muita

Estrada passei, vi a morte de perto

Atravessei desertos que nunca sonhei

Choupana construí, mas nela não entrei.

Hoje sou um trapo jogado, farrapo

Que restou, na vida sou João Ninguém

Nasci para cultivar o bem, por isto

Desejo a todos muita paz, muito amor.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 12/08/2009
Reeditado em 12/08/2009
Código do texto: T1749653
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