O que serve à minha poesia
Serve à minha poesia
tudo aquilo o que vivencio,
as coisas nas quais acredito,
as coisas nas quais eu confio.
Serve à minha poesia
a realidade concreta,
as verdades que descubro,
os apelos de um vazio.
Serve à minha poesia
a falsidade da conveniência,
mulheres vadias, sem a menor coerência,
mas que aquecem meus versos em pleno frio.
Serve à minha poesia
o paixão ardorosa que carrego comigo,
que habita em meu peito, sob confortável abrigo,
e mantém meu instinto em constante cio.