PORQUE

Por que os amantes se envolvem tanto com coisas proibidas, com aquilo que nunca imaginam que um dia estariam se envolvendo?

Por que eu estou escrevendo sobre por que? Talvez não saiba eu que tudo na vida tem um porque, nada acontece por acaso, tudo está traçado para o nosso caminho.

Tento ultimamente descobrir a razão e o porquê do amor, sei lá se existe alguma explicação, só sei que quando se ama não se explica, o coração nos prega peças, é ele o responsável da nossa mudança de comportamento, muda até o nosso modo de agir, falar, viver, dizer, tratar, sentir, estar, etc.

Há um porque das rosas exalarem seu perfume, da árvore produzir seu fruto, da horta o nosso tempero, dos corpos se aquecerem ao serem tocados, dos lábios escandalizarem observadores tamanha a volúpia de um beijo ardente, de você estar lendo este texto e sentir um frio na barriga, uma sensação boa e agradável de estar querendo explicação do que sente mas não as encontra. Sabe por quê?

Das coisas inexplicáveis que pensamos conhecer, o do coração não se explica: como pode o feio amar o bonito, o rico amar o pobre, o homem amar uma mulher que não é sua, o alto amar o baixo, o proibido ser amado por outro. Eu e você somos os únicos que sabemos o porquê disto.

Você algo que lhe completasse, alguém que te escutasse, alguma coisa diferente da rotineira vida que vivia, da mágoa do erro cometido, imperdoável até, mas pago com o mesmo valor, mas não era isso que você queria fazer, só queria ser feliz.

E eu quase as mesmas coisas, estou carente de um novo amor, de ser tratado com carinho, sem cobranças, com respeito aos meus sentimentos, de reconstruir o meu coração esfacelado pelas marcas causadas pela vida, quero apenas uma nova chance para ser feliz, o meu coração escolheu você de novo.

Agora só nos resta amar intensamente um ao outro, nos entregar de corpo e alma a esta paixão, amigos acima de tudo, somos companheiros, colaboradores e apaixonados.

O porquê disto? Não sei, não quero saber e não pergunto a quem sabe, a resposta não mudará nada com relação ao que sintimos.

Por Uesle