VENENO DE AMOR
Menina, mulher, tão delicada
Fazes multiplicar imaginação
Na elegância devotada
Edificada de carne e paixão.
Passo muito tempo do dia
Mergulhado, pensando em ti
A noite é só nostalgia
Do contato que não senti.
Busco em cada olhar transeunte
O castanho de tua linda visão
E antes que alguém me pergunte
Desvio semblante carregado de emoção.
Como viver de esperança
Conviver aceitando a distância
Atitude infantil de criança
Conformado com que sobrou da fragrância.
Sobrevivo, embevecido de você
Estonteado pela luz que propagas
Envenenado, coração antevê
Dias sofridos, amargura dobrada.