A Lagrima

Na face que rola triste e fiel sentimento,
Vale que a face escorre dorida ao penar
Lágrima que amargura confessa desalento,
Tristeza da alma abatendo corpo o pesar!

Amor que desfolha e que a dores brota,
Lágrima que consiste o sofrer da paixão,
A pele fenece ao licor destilado à revolta:
Coração sentido, penar e pesar; ilusão!

Sofrer que o prazer emana me convoca
A nobreza do amor me irradia a sensação.
Desbota a alma na lavagem e provoca
Fragmentos que juntados na alucinação!

Lagrima símbolo de afeto me lembra o mar,
Por ser majestosa e incomparável grandeza.
Salgada que simplifica todo o mundo juntar
As nações sem que as terras se unam, proeza!

Lagrima, pingente andante que escorrega e cai,
Levando sentimentos de dor e luz do peito,
Lavando na candura a alma, se no amor contrai.
Serenamente sentir na sensibilidade satisfeita!

Amor que o coração enche e a mente carrega,
Não se condena quem do amor é sofredor:
Condenado é quem no amor finge e se alega...
Lágrimas hoje me caem, amanhã te cairão na dor!

Lavando a alma, o alivio que me trás e tranqüiliza,
Inspira-me e comovendo-me a lagrimas verter,
Alma que aliviada, sensível responsabiliza.
Lagrimam olhos do amante a seu apaixonado ser.

Barrinha, 10 de agosto de 2009 19; 38.

Antonio Israel Bruno




antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 10/08/2009
Reeditado em 10/08/2009
Código do texto: T1747038
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