Viajei no tempo, um tempo de amargura,
Vivida, com candura desdenhosa,
Naveguei;
Por rios de perdas e ganhos
Para conhecer das flores colhidas
Nas margens dos riachos de minha memória!
Agora redescoberto o amor, que em minha alma é imemorial,
Faço percurso de retorno ao tempo em que amei,
Mais o desejo de amar, do que o ser, a ser amado.
E este homem vil, que fui; deposita aos pés da santa
Todo o amor, que ainda que pequeno seja, é o amor,
Nascente,
Flor que mesmo contida no botão é logo lembrada
Força do tempo!.. E da memória!
Formosura resplandecente, beleza que entrevista
Jamais poderá ser esquecida!