Amor...sublime amor !


Estava difícil neste dia de hoje
chegar perto de você
e não era somente por causa
desse tráfego
terrível,
mas porque eu não te conhecia
como deveria conhecer.

Na realidade havia em mim
um fascínio
que nos ligava,
apesar desse sentimento  estar  um
tanto unilateral,
e não ensejar como deveria ser,
um amor equivalente,

porque o que eu sentia eram apenas
equidistâncias,
que não se completavam com o andar
dos quereres,
pois  tremulavam como bandeiras num
vento inquieto.

Simm...eu sei...você sempre
precisa pensar tudooooo,
e não pode nem me dar uma resposta
breve que seja, 
e além do mais trabalha tudo num
ponto de vista central,

onde a exclusividade é uma
determinante matemática,
excludente de todas as influências
advindas do exterior,
e que necessariamente devem ser
alijadas de uma vez,

porque a máxima é aquela do amor
que não se divide,
apesar de você dizer quase sempre
ser muito flexível,
pois uma vez me disse que isso até
já havia aprendido,

porque na lição de casa de alguns
anos muito aprendeu,
e agora apenas  estava na  fase da
separação do joio,
porque se cansara de assédios que
objetivavam o vazio.

Você está agora muito ávida  de
todas as compensações
oferecidas por um amor real,
desses
de vida compartida,
onde a entrega  à paixão só
sairia de um 
frasco de amor.

Sei que você vai ficar pensando...
pensando...e pensando,
porque realmente esse é o teu estilo
de decidir a questão.
E como na matemática, o amor para
você virou um axioma.

Ou seja: não é mais possível ser
discutido em palavras,
mas numa ação efetiva de entrega
de si mesma ao amor,
desse que paira acima de meras
divisões de sentimentos,

porque você quer se sentir realmente
 amada e respeitada,
e não apenas um objeto que uma vez
usado logo se descarta,
pois é sabido que não se pode ficar
apenas na superfície,

porque o amor verdadeiro exige a
profundidade já abissal,
pelo menos é o que se pode ler nos
livros de Paul Brunton,
que vai descendo...descendo...
até chegar ao poço do amor.

Hum...não gosto muito de poços meu
amor...isso te digo...
mas a questão é pensarmos num
contrato de experiência,
de pelo menos uns trinta dias ,
ou mesmo sessenta se quiser.

Acho que o amor no final das contas
é mesmo um contrato,
só que ninguém percebe que ele é
realmente um contrato,
e quando vê o contrato, acaba
rescindindo unilateralmente.

Hum... amor...assina amor....e 
não deixe de notar o item
que fala de  compreensão, respeito,
fidelidade absoluta,
liberdade, cumplicidade, e não se
esqueça dos adendos.

E como Vinicius um dia disse :
“firma reconhecida do céu”.
Ah!  Amor...sublime amor ! Não pense
demais...não pense.
Na realidade o amor não se pensa...
ele apenas acontece.

Hum...o amor pode acontecer...
num nosso primeiro beijo.
Esse que ainda não demos ...
mas quem sabe  daremos.
Te adoro amor. Não demora
para assinar
minha  querida.


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Poesia que fiz (pura ficção) em 08-08-09 às 19.00 h em SP
Lua cheia – sol médio – 22 graus
Beijos e abraços para você...Bom domingo... [love]
cseagull2@hotmail.com
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