Tarde ensolarada
Sei que não posso afirmar que existam momentos corretos para amarmos, para sermos carinhosos.
Posso descrever, com relativo conhecimento, ocasiões onde carecem manifestações afetivas.
Talvez a tarde convidativa de Sol, após manhã de cerração intensa, ou árvores e flores estranhamente floridas ignorando a estação de recolhimento me trouxeram o desejo de sua companhia.
Minhas mãos pedem suas mãos, imagino braços entrelaçados.
Gostaria de dividir esse ócio contigo, caminhando lentamente e ignorando tudo e todos.
O Sol e a beleza temerária de flores atemporais não escondem a saudade em meus olhos.
Meu coração prepotentemente afirma que agora seria o momento ideal de tocar seus lábios e falar ao ouvido de forma meiga: amo o nada contigo e tudo de ti.