SOLDADINHO DE CHUMBO
Ele não se movia
Morto na prateleira
O pobre soldadinho
Ao mundo assistia
Durante a noite, enquanto menino dormia
Ele até esboçava um sorriso
Mas faltava-lhe um tanto de alegria
Soldadinho de chumbo
O ultimo a brincar
Tava sempre escondido
Torcendo pro seu dono a ele
Não achar
Mas um dia a bailarina da caixinha caiu
Quebrando a sapatilha de cristal
O pobre soldado lamentou ter nascido assim...
De um vil metal
Só que a bailarina era também menina
Com suas mãos ao soldadinho recolheu
Foi assim que um amor de brinquedo nasceu
Mas um dia menino cresceu... Apaixonou-se
Perdidamente!
Da bailarina para sua amada fez presente
E do pobre soldadinho... Coitado
Esqueceu!