DA JANELA DO TREM DO AMOR QUE IA PARA AS ESTRELAS

Da Janela do Trem do Amor Que Ia Para as Estrelas

Quando a viagem começou

Ela logo se assentou a janela

Queria ver a paisagem passar

Queria sentir a pressa do chão

Em se afastar levando sonhos

Via de longe coloridos intensos

Vultos que passavam

Sem poder decifrar

Se eram amores que chegavam

Ou se mudavam pra longe

Sem nada avisar

Cabeça recostada na janela

Ela criava e recriava seu mundo

Universo perdido no amor

Num sono profundo

Esqueceu de toda a dor

Se atirou num abismo

E em queda livre descobriu

A loucura de estar sem direção

Papel e caneta na Mao

Tentava escrever um poema

Tudo que passava ao seu redor era um tema

Via de perto as estrelas

Penduradas no céu e que caiam no mar

Sentia o algodão das nuvens

O amor em desatino ao vento bailar

Sentia a força dos cometas

Se perdia na direção dos planetas

Do alto via o azul

Do céu o mar era azul também

Não permitia fugir desse sonho

Queria morar no coração de alguém

Delírios delitos e ruínas de amor

Naquele instante o dia acaba

A noite chega e o céu muda de cor

Intensa e profunda visão de se sentir muito bem

Acordou assustada

Com a alma agitada

Terminou seu poema

Seguiu seu teorema

E ainda estava dentro do trem.

By Everson Russo

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Everson Russo
Enviado por Everson Russo em 06/08/2009
Código do texto: T1738979
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