Correndo pela vida
Céu, mar,
fogo, terra,
um corpo de barro vestindo miséria.
Cheiro, gosto, beijos, abraços,
um rumo sem sentido,
um abismo sem afagos.
Roda, gira,
vira e aposta,
troca à partida com a sua própria volta.
Início, fim, recomeço,
o novo justifica o meio,
na boca limpa que guarda o beijo.
Morte e vida, um rio correndo meu chão,
um vício sem medida
em você, alucinação.
Vou no acaso,
a vida nas mãos, um vôo sem caso,
um caso sem emoção.
De novo o trem,
sempre nova estação,
abro o peito no abraço... uma solução.
08/05/2006