CANTEIRO DO AMOR.
Em meia luz na maciez dos lençóis, o coração aberto,
Nossos corpos refletindo a ternura que se faz aqui presente.
São tão suaves os gestos, os abraços, o mais é névoa é sonho,
O sim nos lábios, sinal de amor e no ventre plantada a semente.
Explode o sol, clareando o mar, virtudes do amanhecer,
Infinitiza-se a esperança no horizonte, entre as paredes a paz beijada,
Um casal fita a luz transfigurada, submissos e dadivosos,
Agradecidos a vida que os uniu, emerge em preces desfolhadas.
O tempo se escoou no cuidado, na presença em todos os sentidos,
Os carinhos abrandaram-se e as mãos se entrelaçam horas de enlevo.
Nos olhos lucilam estrelas, no canteiro desabrochas em flores,
Neste silencio que encanta, o amor como o grande sementeiro.
SALVADOR. 22/07/09.
DOCE VAL