CISNE BRANCO

Cisne Branco

Ainda que as chagas abertas

Persistam em fustigar

Com dores dilacerantes

Teu pobre corpo errante

Espera na impaciência

Dos que ainda precisam

Aprender com as dores

A controlar seus humores

Mesmo que as punhaladas

Das línguas ferinas

Te magoem, e te abram

Feridas em teu pobre ser

Esquece que és humano

Olhas para o alto

E descobres que entre

Os espinhos das trepadeiras

Das vegetações ascendentes

Existe uma escada de flores

Que sobe até o pilar

De um palácio cheio de amores

Onde todos os horrorres

Martírios, confusões e dores

Que um dia experimentastes

Estão para desaparecer

Estuda a divina ciência

Sem precisar se apegar

A livros, doutrinas, louvores,

Deus está no pólen das flores,

Nas manhãs multicores

Nas canções do universo

Embalando as folhas

Dançando ao vento

Deus é eterno, busca

No profundo sentimento

Que recebes como sofrimento

Um afago divino, apagar teu lamento.

Persevera na virtude

No detalhe de cada atitude

Espera com serenidade

Alcançarás a Eternidade

Celebrarás em teu cântico

Ao atingir a iluminação

A vitória e a liberdade

E como o cisne branco

De pescoço esticado

Alcarás vôo para o infinito.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 04/08/2009
Reeditado em 05/03/2015
Código do texto: T1735527
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