CONFISSÕES DO VINHO

Como na relva, o orvalho

Deixe-me cair em teus braços

Sejas meu agasalho

Da minha música, o compasso

Da Eurídice, Orfeu.

E assim, te espero

Meu amor, te venero

Meu poeta, meu Romeu.

Meu louvor a ti confesso

E grata sou pela inspiração.

Nada mais a ti eu peço

A não ser teu coração.

E a Baco agradeço

Do poema, a concepção

Pois é bem quando padeço

Que vem a salvação.

Este vinho não tem preço

Se bem que não mereço

Tão doce ilusão.

>>KCOS<<

Karlla Caroline
Enviado por Karlla Caroline em 03/08/2009
Reeditado em 02/06/2010
Código do texto: T1734415
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