Madrugada fria
 


São quase duas horas da madrugada
Aqui, sentada, pensando e sentindo
Lágrimas que correm dos meus olhos
Elas vão ao encontro do rio calmo e sereno
Com suas águas frias como a madrugada
E eu aqui sentada assistindo à tua calmaria
Com o peito arfando de tanta saudade de você
E com a vontade dos seus beijos
Do teu corpo junto ao meu
Suas mãos ávidas explorando todo o meu ser
Mas está longe, muito longe, e nem sente
A minha angústia de te encontrar para te dizer
Que ainda te amo e nunca deixei de amá-lo
Mas não acreditou e preferiu ouvir a razão
Saiu da minha vida para nunca mais voltar
E agora já passa das quatro horas da madrugada
O dia já vem chegando e a cotovia acabou de anunciar
Mas vou ficar aqui mais um pouco e observar
As águas frias do rio que se misturam com as minhas lágrimas
 
Sol pereira
 
01/08/2009
 
 O vento levou (RICHARD CLEYDMAN)