FERIDA

Horas esculpidas

Palmo a palmo

Em minha alma.

No olhar sem luz,

Como se fora

Cinzelado em carrara.

Sinto frio do lado de fora,

Dentro não se vê,

Parece morno,

Desconexo...

Sangra ainda quente

Ferida crua...

Rugem ecos

Da voz petrificada,

Eternizando em pedra

O que era chama ardente.