AMOR DE VERÃO
Vivo ainda nas fronteiras da incompreensão
Porque nunca entendi o amor acabado
Que eu que acreditara ser para sempre
Porque teria ele sumido nos barcos da ilusão?
Escreveste-me eu sei, ditada pela emoção
Notei palavras molhadas, seriam lágrimas?
Talvez você estivesse confusa no momento
Quem sabe pudesse ter sido o amor fonte da inspiração?
Eu quis acreditar que a brisa do romance
Ainda soprava desordenada na minha direção
Mas sabia no íntimo que eram os ventos de Maio
Semeando entre nós flores brancas da afeição
Pensei em lhe mandar de volta um verso vão
E com ele dizer-lhe que meu amor também morrera
Mas ele se trairia por uma tristeza perceptível
Da indisfarçável dor que ainda mora no meu coração
Melhor seria ler nos seus olhos e entender-lhe a razão
Mas, talvez eles não me mostrassem o que sentes
Quem sabe eles me disessem na sua frieza
Que os amores morrem assim que muda uma estação