A SUPREMACIA DESSE AMOR - Retrô
Conheço, desde que te conheço, uma nova dimensão da dialética;
Única fonética a usufruir dos meus palatos, com sons inéditos;
E conquista créditos de meus raciocínios, essa parcialidade eclética;
Essa despretensão hermética a desfazer meus pressupostos estéticos!
Tudo é desconstruído, a contar da data de minha edificação;
E o meu canibalismo vegetariano agora é ávido por abstinência;
Posso explicar a ausência de recados imbuída por essa codificação;
É a rejeição aos antigos pratos que não podem preterir tua apetência!
Com o aval desse xucro olhar, se dá o espetáculo da obra pronta;
Que me remonta aos dias de meus mais prudentes idiotismos;
Nos meus coloquialismos eis a erudita e insigne paixão que desponta;
Na minha conta debito as dívidas de meus credores sonhos passivos!
É como ondas que preferem os desertos, é o Braille da perfeita visão;
Revelação dessas incógnitas na ambiguidade das clarezas;
Nas incertezas do descaminho ouvi o som calado de teu coração;
Superficial pontuação, por onde vírgulas unem nossas profundezas!
E eu sei que tudo isso é amor, porque é o eterno inventado;
Há um tratado firmado entre o grito metafórico e o silêncio literal;
Todo amor real simplesmente se traduz onde não pode ser retratado;
E brado que o apresenta para algo, percebe que qual ele nada é igual!!