IX (de Emily Dickinson)

IX

Have you got a brook in your little heart,

Where bashful flowers blow,

And blushing birds go down to drink,

And shadows tremble so?

And nobody knows, so still it flows,

That any brook is there;

And yet your little draught of life

Is daily drunken there.

Then look out for the little brook in March,

When the rivers overflow,

And the snows come hurrying from the hills,

And the bridges often go.

And later, in August it may be,

When the meadows parching lie,

Beware, lest this little brook of life

Some burning noon go dry!

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Há no seu coraçãozinho um ribeiro,

Onde desabrocham flores acanhadas,

E pássaros envergonhados lá vão beber,

E as sombras tremem agitadas?

E ninguém sabe, tão calmo ele flui,

Que há lá um ribeiro;

E que o seu pequeno gole de vida

É lá diariamente bebido por inteiro.

Então olhe para o ribeirinho em março.

Quando os rios causam inundação,

E a neve derrete nos outeiros,

E levam as pontes de roldão.

E depois, em agosto pode ser,

quando a estiagem abrasa o prado,

Cuidado, pois esse ribeirinho de vida,

Pode terminar ressecado.