FALAR DE AMOR.
Se é para falar de amor,
do amor que eu estou sentindo,
então vou chegando junto,
meu coração descobrindo,
perfumado como flor,
mesmo um espinho enfeitando,
causando uma certa dor…
Mas amor, de qualquer jeito
é muito bom de sentir,
preenche a alma da gente,
eleva nosso existir,
mistura risos e lágrimas,
nos consome em suas fráguas
de saudade e ilusão…
Tenho em mim tatuada
a imagem de um alguém
que é meu amor distante,
mas que não sai um instante
das lembranças que me envolvem
em brumas cinzas ou róseas,
depende do que me lembro…
São tais lembranças de beijos,
de gemidos e arquejos,
que o corpo todo estremece,
e nessas viagens loucas
eu sinto que a vida é pouca,
pelo prazer que oferece…
Ah! Amar, amar e amar…
Queria estar contigo neste instante
e te mostrar que existe felicidade,
que apesar da saudade,
da distância e tudo mais,
juntos podemos sonhar…
Trocar beijos telepáticos
e prazeres cibernéticos,
flutuando entre os espaços,
deixando de lado as aspas,
os hiatos e os óticos,
podemos unir os lábios,
o amor e o erótico…
(Ciranda em "Amizade e poesia")