ETÉREA - Retrô

Horizontes castanhos, nesse noturno olhar;

Perfeita métrica, que me propõe os teus encaixes;

Que pela mão tomou-me, pra que meu virgem fascínio olhasse o mar;

Que me fez sua tradição, que me inseriu nas suas praxes!

Felina meiga, que não foge de seu caçador;

Rara feição, que me alimenta de sua ninfa aparição;

É como que morte sem desfecho, como que chamas sem ardor;

Qual asas a me serem doadas, para que possa provar de sua prisão!

Gnose dos mistérios em doçura elucidados;

Vento dos universos, que afasta lágrimas de meu olhar;

Assustou-me a consciência, mediante teus desenhos vislumbrados;

Razão de minha incoerência decidir jamais te abandonar!

Selva capilar, por onde percorrem perdidas minhas mãos;

Vai abrigando meus desafios predadores;

Faço obras em teus delírios, qual habilidosos toques artesãos;

Para extrair na seiva que te verte, teus plenos sabores!

Lábios férteis que acasalam com meus sentimentos;

Ondas fêmeas que me trazem prazer e me levam consigo;

Sublimes dimensões queimam no clímax de nossos momentos;

Nada me pedem meus desejos, que não seja contigo!

"A ti: musa de absurdos encantos que me avassalam!"

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 30/07/2009
Código do texto: T1727315
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