*AMOR COM PIANO
Lentamente ele abriu a tampa do piano
como se desnudasse a mulher amada.
E observou, por um momento, um fugaz segundo,
as teclas brancas e negras,
ouvindo e admirando a música
que delas emanavam.
Maravilhado e extasiado.
Como se deslumbrasse o corpo nú
e cada detalhe da mulher amada.
E os seus dedos começaram a roçar,
suave e docemente, cada tecla.
Com, a princípio, apenas uma carícia.
Que desenhava corações e estrelas
na superfície das teclas.
Quando, de repente, com um suspiro
começou a dedilhar, suavemente,
um noturno de Chopin.
Tocando com a alma e com o coração.
Como se estivesse fazendo amor com aquele piano.
Na verdade uma mulher.
A mulher amada.
Suando e transpirando.
Com as gotas caindo e molhando as teclas.
Fazendo os seus dedos deslizarem
de forma mais harmoniosa.
Até que o som de seu piano inundou todo o recinto.
E saindo pela janela da sala foi dar na rua.
Com as pessoas que passavam parando.
Quase hipnotizadas bela beleza da música.
Sentindo-se como cúmplices
e como voyeurs daquele ato de amor.
Embevecidas, quedando-se para o grand finale.
E ele, alheio a tudo,
concentrando-se na música,
com os olhos cerrados,
a respiração ofegante
finalmente chegou ao climax.
Na última nota, o suspiro,
gutural como se atingisse um mágico orgasmo.
E um grito de macho saciado.
De alguém feliz com o seu amor.
Texto enviado por um escritor do Rio de Janeiro
Para nosso grupo de Poetas Del Mundo
Roberto Romanelli Maia
Ao Som do Piano
Fosse eu uma transeunte apressada
De olhar disperso, pensamento vago
Ainda assim meu ouvido com afago
Cairia ao som de Chopin, deslumbrada
E, ao pianista que do amor faz alegria
Arreava a tenda, auscultava o coração
E junto dedilhava a mesma canção
Com toda euforia que a arte inebria
De pé entre aplausos mesmo distantes
Da janela a voz em eco pedia bis
Jogaria uma aura em flor-de-lis
E um sorriso grato, farto, inebriante
Prostrada me renderia ao som do canto
E ao poeta de amores tantos e encanto.
SoniaNogueira
Lentamente ele abriu a tampa do piano
como se desnudasse a mulher amada.
E observou, por um momento, um fugaz segundo,
as teclas brancas e negras,
ouvindo e admirando a música
que delas emanavam.
Maravilhado e extasiado.
Como se deslumbrasse o corpo nú
e cada detalhe da mulher amada.
E os seus dedos começaram a roçar,
suave e docemente, cada tecla.
Com, a princípio, apenas uma carícia.
Que desenhava corações e estrelas
na superfície das teclas.
Quando, de repente, com um suspiro
começou a dedilhar, suavemente,
um noturno de Chopin.
Tocando com a alma e com o coração.
Como se estivesse fazendo amor com aquele piano.
Na verdade uma mulher.
A mulher amada.
Suando e transpirando.
Com as gotas caindo e molhando as teclas.
Fazendo os seus dedos deslizarem
de forma mais harmoniosa.
Até que o som de seu piano inundou todo o recinto.
E saindo pela janela da sala foi dar na rua.
Com as pessoas que passavam parando.
Quase hipnotizadas bela beleza da música.
Sentindo-se como cúmplices
e como voyeurs daquele ato de amor.
Embevecidas, quedando-se para o grand finale.
E ele, alheio a tudo,
concentrando-se na música,
com os olhos cerrados,
a respiração ofegante
finalmente chegou ao climax.
Na última nota, o suspiro,
gutural como se atingisse um mágico orgasmo.
E um grito de macho saciado.
De alguém feliz com o seu amor.
Texto enviado por um escritor do Rio de Janeiro
Para nosso grupo de Poetas Del Mundo
Roberto Romanelli Maia
Ao Som do Piano
Fosse eu uma transeunte apressada
De olhar disperso, pensamento vago
Ainda assim meu ouvido com afago
Cairia ao som de Chopin, deslumbrada
E, ao pianista que do amor faz alegria
Arreava a tenda, auscultava o coração
E junto dedilhava a mesma canção
Com toda euforia que a arte inebria
De pé entre aplausos mesmo distantes
Da janela a voz em eco pedia bis
Jogaria uma aura em flor-de-lis
E um sorriso grato, farto, inebriante
Prostrada me renderia ao som do canto
E ao poeta de amores tantos e encanto.
SoniaNogueira