Um anjo e uma flor
Tu eras a flor desfolhada
dos vendavais ao correr;
Eu foste a gota dourada
e o lírio pôde viver
Poeta dormia pálido no meu sepulcro
bem só...
Tu disseste
Ergue-te lázaro
E o morto surgiu do pó
Tu era sombria e
contente minh´alma é
Tu duvidava
Sorriste
Já no amar não tinha fé
A fronte que ardia em brasas
a seus delírios pôs fim
Sentindo o roçar das asas
o sopro dum querubim
Um anjo veio e deu vida
Ao peito de amores nu
Sua alma agora remida
Serás um anjo
como eu?