ÍNTIMAS PAIXÕES
Íntimas Paixões
Nos versos que ele escreve
Nos sonhos que ele acalenta
Ainda que, longos ou breves
Meu ser ele sempre alimenta.
E, da forma como ele versa
Vai insinuando ao que veio.
Ao imaginar o que ele sonha
Sinto-me plena, em devaneio.
Quando, em suas juras de amor
Descreve suas íntimas paixões
Percebo, em meu corpo, o calor
Que me incendeia ante as visões.
Ainda que, por uns breves instantes
Eu soubesse versar com esse fogaréu
Diria de um jeito cálido e insinuante
Que poderia, também, levá-lo ao céu.
Luzia Duarte