A CHUVA

Vamos, amor, brincar sob a chuva,

vamos lambê-la nas nossas curvas,

lavar almas, poros e cabelos,

vamos aquietar os desvelos.

E dançarmos na folha aos farfalhos

de êxtase com as gotas nos galhos,

que o céu, nua bondade paterna,

doa alegre, da forma mais terna.

Vamos livres, plenos e contentes

ser chuva de paz nos continentes,

pingos prateados, felicidade,

delírios, gozos, fraternidade.

Abençoados, faceiros, molhados,

deliciados por sermos amados.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 27/07/2009
Reeditado em 14/10/2010
Código do texto: T1721428
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