Desejos
Após a longa espera, o encontro
Os olhares que se olham, se encantam
Dois seres, quatro braços presos aos corpos
O tempo pára enquanto ainda ao longe se contemplam
Da timidez à intimidade, pouco tempo, um espaço
A longa espera faz valer à pena
A praça, a chuva fina e a rua vazia assistiram
O acender dos desejos num inesquecível abraço
As mãos frias, os rostos colados e quentes
A fusão dos corpos num abraço não é o bastante
Pensamentos se perdem e sinalizam
O querer que flui pelos poros inevitavelmente
O separar momentâneo dos corpos
Só faz aumentar as vontades primitivas
Só faz aguardar a saciedade da sede
Que só se fará com suor e saliva