Até da nossa paixão
eu
me esqueci !!!
Então as horas percorreram mais
de mil horas,
e mesmo assim, não era ainda
a eternidade,
porque soava de leve uma
sinfonia de flautas,
que minha alma-lembrança logo ia
registrando
nesta noite em que nada vi que
fosse relevante,
e que pudesse encher meu coração
de sorrisos,
porque há dias que são apenas
liames de sons,
que vão soando, soando, para
enternecer tudo
na suave constatação de que o
ritmo não pára,
pois são para mim aqueles cavaleiros
sem nada,
sem bandeiras...e que apenas têm a
seu cavalo,
que na realidade, são seus mais
curtos passos,
tangenciados aqui e ali pelo
estorno das horas,
que negligenciamos viver quando era
o momento,
não importando se a vida era de
adágio ou sonata,
ou se tudo apenas refletia oboés
em minha vida,
essa estrada alongada por reflexos
de todos sóis,
que quando penso estar sentindo
bem em mim,
estão mais distantes e vazios
como um Grã-Canion,
onde o ecoar de minhas palavras
não foram ao fim,
e se foram fortes na ida ...
logo foram fracas
na volta,
porque as palavras têm o dom de
se perder
de nós,
para ocuparem espaços que
deveriam ser
ocultos,
como interiores de pirâmides,
onde as almas
moram,
e onde brincam em corredores
escuros
privativos,
para que se saiba que nem
só de luzes elas
vivem.
Ahh..e você...desculpe...eu te
esqueci sem
querer.
Desculpe amor...me perdi entretido
com as almas...
Estava jogando paciência com elas...
e veja só !
Até da nossa paixão eu me esqueci,
pode isso ?
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Poesia que fiz em 24-07-09 às 00.30 h
em SP
Lua Nova – encoberto -
frio de 13 graus.
Beijos e abraços para você...
Bom domingo...
cseagull2@hotmail.com
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