Imaginação da alma

Minha imaginação e a realidade se confundem,

Embaralham-se, trilham iniciais com incapacidade.

De domar meu tempo.

E como um mundo de água que tocava com meus dedos

Abrindo uma cicatriz espelhada de solidão.

Não tinha capítulos, nem composição.

Mas a poesia corria fluente diante de mim

Era como um perfume que se afogava na carne

Serpenteando, dominando... E minhas mãos na calmaria

Sugaram o sal nas salinas

Enquanto o sol dormia nas distancias, trazendo sombra.

Para os olhos que se fingiam distraídos da claridade

Afoguei-me inteiro vagando... Agora meu espelho

Refletia tua lagrima que açoitava as velhas lembranças

Nosso amor maleava com as garças que rendavam o céu

Tudo era lento como uma reflexão de lirismo, amolando a calma poética.

Como uma paixão andante nas noites de loucuras

Tinha agora uma marca no coração tomando proporções

De grande melancolia, uma espécie de quase tudo na imaginação.