Nossas Asas

Posso te ouvir por vidas

Sem nunca lembrar de respirar

Nos teus braços apenas sendo

O que não lembrava ser

Laços que tenuêmente dançam para trás

Dedos entrelaçados que doem

O vento, o movimento

Barreira de vidro dos pés que não tocam o chão

E tu torna meu ar frio e rarefeito

Plumas que nos tornam espelhos

Pena que maltraça tais letras

Palavras que dizem o silêncio

Que me tira o sono

Menina faça um muro

Anja da guarda tem medo do infinito

Norte de agora por outrora

Azul do céu, no breu, o teu eu meu