Setembro
Segundo poema de setembro, que vem
na inspiração de flores e primavera.
Não tenho mais você e seu amor
nunca me pertenceu.
Dei a você uma alma florida e de
volta recebi um coração sangrando
por causa dos espinhos.
Falo sempre do tempo...
E você não tem tempo...
Homem tolo, que busca não sei
o quê na vida corrida.
Tem um amedrontado e frágil coração
e não se entrega sem reservas ao amor.
Nada mais crucial e inconteste que o amor.
Sei das feridas que deixa pelos caminhos,
atalhos, mas nada sou sem o amor.
Penso, às vezes, ser bom estar com o
coração vago e tranqüilo, mas falta
um pedaço.
Essa parte que me falta está
trancada em seu peito.
Estamos em setembro.
Você disse, talvez em dezembro...
Esqueça o calendário e o tempo.
Olhe para dentro de minha alma e veja
o que tem de belo a oferecer.
Vem andar comigo pela vida, de mãos dadas.
Quero apenas e somente cuidar do
seu coração e do sentimento,
que sei há guardado.