Setembro

Segundo poema de setembro, que vem

na inspiração de flores e primavera.

Não tenho mais você e seu amor

nunca me pertenceu.

Dei a você uma alma florida e de

volta recebi um coração sangrando

por causa dos espinhos.

Falo sempre do tempo...

E você não tem tempo...

Homem tolo, que busca não sei

o quê na vida corrida.

Tem um amedrontado e frágil coração

e não se entrega sem reservas ao amor.

Nada mais crucial e inconteste que o amor.

Sei das feridas que deixa pelos caminhos,

atalhos, mas nada sou sem o amor.

Penso, às vezes, ser bom estar com o

coração vago e tranqüilo, mas falta

um pedaço.

Essa parte que me falta está

trancada em seu peito.

Estamos em setembro.

Você disse, talvez em dezembro...

Esqueça o calendário e o tempo.

Olhe para dentro de minha alma e veja

o que tem de belo a oferecer.

Vem andar comigo pela vida, de mãos dadas.

Quero apenas e somente cuidar do

seu coração e do sentimento,

que sei há guardado.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 24/07/2009
Código do texto: T1717001
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