Abonivável verso: o do amor!
Abonivável verso: o do amor!
De que vale mostrar à Terra
Dos sofrimentos ou alegrias
Que nos consome ou venera?
Poemas encantados de luz
Ou de trevas, sendo que ainda
A dor ou prazer sempre terá
O peito louco dizendo 'bem vinda'?
Se os campos já nascem brisados
Nos lugares onde deus caprichou
Admirai-vos, pois são eles a poesia,
Não os verso de quem já amou.
De que vale os versos cândidos
E os mais belos versos à flor
Se o peito ainda por si se fere?
Aboninável verso: o do amor!