Desatino

Buscara-se na amável lembrança
Tão distante, tão feliz,
O amor que se tornara impossível
Na adolescente esperança . . .

Lembrara-se das alegrias, das paixões. . .
Da beleza, dos sonhos não vividos!
E dos tropeços nas emoções!

Tornara-se prisioneiro da realidade. . .
Das antigas promessas, agora mortas. . .
— Via-se com desleixo a sorte,
Como os lenhadores à clandestinidade. . .

Seres e homens partiam sem destino. . .
Na majestosa beleza da aurora,
Sonho e felicidade, distante agora,
No emaranhado poema que ora assino.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 24/07/2009
Reeditado em 25/07/2009
Código do texto: T1716405
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