REDOMA

Flutuas nas severidades dos meus segredos,

de realidades, construo singelos brinquedos;

na dulcíssima certeza de tua presença,

semeio serenidades em minhas cruas crenças.

Nós enleados numa redoma de quimeras

e as horas, lisas, despidas de qualquer urgência,

minam tão líquidas por nossas juras sinceras.

E se acumulam lentamente, na vertência.

Até que as horas se fazem imensidade

de águas, submergem nossas vidas extasiadas

em um mar tempestuoso, vasto e profundo...

Quebrando os frágeis brinquedos de realidade

e a redoma de quimeras atrofiadas...

Impondo movimento ao nosso lindo mundo...

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 24/07/2009
Reeditado em 09/09/2010
Código do texto: T1716353
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