SEARA

Arrancaste da terra de minha tela, a amargura.

Sombra de sangue da silente frialdade,

Fragrante realidade da serpente fremente

Que mata, magna, a maça da mocidade.

Semeaste na terra de minha tela, a ternura

Que cresce à luz de tua obscura claridade.

Criterioso prisma preso no presente

De tenras faces, túneis e tempestades.

Colherás, então, da tua pintura,

As doces delícias da delicada deidade

Que aguarda a seara ansiosamente

E sedenta espera com solenidade.

>>KCOS<<

Karlla Caroline
Enviado por Karlla Caroline em 23/07/2009
Reeditado em 02/06/2010
Código do texto: T1716071
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