Do amor e seus rastros
Não sei do amor os passos,
Mas sigo-lhe o compasso
E quando passa, qual ventania,
Ainda perco-me em seus rastros.
Desconheço sua melodia,
Mas sinto-lhe a seiva, o gosto,
Sorvo seu mistério e poesia
Deleito-me, na agonia
De quem bebe do veneno a gota
última sem cogitar a sorte;
Em sua cadência absorta,
sigo, sem rumo, sem norte.