PÃO E VINHO
Quero colher o trigo de tua mão cerejeira;
Sentir o silencioso som da tua sensibilidade,
Furiosa fragrância de fogo, abrasadora,
Onde crescem cravos, espadas e espinhos,
Dialéticos desertos de dunas, sem caminhos.
Vide, vozes vorazes da vinha: falo baixinho...
Quero fazer do teu verde, vereda, vida inteira;
Mimetizar a madeira, matéria e maturidade,
Senda de sonhos sutis, sina arrasadora,
Onde o frio, flamejante, sibila mansinho
Na fibra da planta da pintura do linho,
Vestindo amarelo e violeta: do pão e do vinho.
>>KCOS<<